domingo, 20 de janeiro de 2013

Guild Wars 2 - Diário de Bordo, parte 1

Here lies Elise.  Her passing came as a surprise to us all, including her incompetent doctor - Norn headstone inscription


           Depois de ficar uns dois anos sem jogar nenhum MMO de verdade (joguei um pouco de Aion mas não me convenceu), pelo simples fato de ter enjoado, pois queria jogos mais dinâmicos e diferentes e não algo que fosse só para evoluir; voltei a jogar novamente um MMO, dessa vez o Guild Wars 2 (GW).
         Mas o que me chamou atenção no GW para me fazer querer jogar MMO novamente? Posso dizer que, primeiramente, adorei a arte do jogo logo de cara, assim como as raças e classes. Além disso, e um dos fatores mais importantes para mim foram, as possibilidades de guerrear contra outros personagens (sangue nos zóio né?). Porém, depois de jogar um pouco, percebi que o jogo tinha muito mais para descobrir e conseguiu me surpreender.


           Começando pelas raças, achei muito interessante o jogo sair um pouco do tradicional de humanos, elfos e anões; bem ao estilo World of Warcraft (ou Warhammer né?). O jogo optou por fazer as seguintes raças: os Asura, que seriam bichinhos orelhudos pequenos que adoram tecnologia e possuem a maior inteligência entre todas as outras raças; os Sylvari, que seriam uma espécie de plantas humanóides que despertam/"nascem" da Pálida Árvore (Pale Tree); os humanos, que usam roupas e vivem em cidades com estilo mais medieval; os Norns, uma raça de gigantes que vivem em um terra com muita neve; e os Charr, a raça mais selvagem, na qual todos os personagens são semelhantes à animais e  possuem chifres.



          Já com relação as classes, o jogo tem as mais comuns como Warrior (guerreiros), Thief (ladrão), Guardian (guerreiro defensivo), Ranger (arqueiro) e Engineer (engenheiro - usam armas). O grande diferencial das classes ficou por conta das magias, já que há três tipos de magos: o Elementalist, que usa magias com elementais (sério?!) como água e fogo; o Necromancer, que usa magias mais darks como a de convocar mortos e de sugar a vida dos oponentes. Além dessas duas, há a maior novidade, conhecido como mago Mesmer, que utiliza magias que criam várias ilusões, clones, fantasmas, além de magias para deixar o oponente confuso.

Consegue adivinhar quem é meu clone?
          Outra novidade é que ao invés de ter de comprar habilidades, uma parte delas é escolhida de acordo com a arma que você utiliza. Por exemplo, eu como mesmer utilizo staff e tridente (só para missões submersas na água), no entanto, também posso usar espada, adagas... E para cada arma as habilidades mudam. Conforme você vai evoluindo no jogo e fazendo desafios ao longo dele, vai ganhando skill points que compram mais habilidades. Skill points infinitos, assim você pode ter todas as habilidades que quiser e depois trocar os que sobram por itens com NPCs. Também existem os traits (que não são infinitos), ganhos apenas quando vai evoluindo no game e serve para especializar seu personagem em mais healing (curador), ofensivo, defensivo...
          O jogo também trouxe inovações na criação das personagens. Além de você poder customizá-lo, como cor da pele, cabelo, físico (entre os corpos disponíveis), tatuagem, cor da roupa... No final da criação há várias perguntas em que você tem que escolher a melhor alternativa que lhe agrada ou que tem relação com o personagem que você quer interpretar; isso irá influenciar na missão de história entre as dezenas de variações possíveis.

Uma Sylvari na criação de personagens
         Logo ao entrar no jogo, você percebe que as missões são um pouco diferentes. As que você ainda não fez ficam demarcadas com um desenho de coração, só o contorno, e quando você começa a fazê-la percebe que é uma public quest (termo que tirei de Warhammer Online), assim, todos os outros jogadores podem se ajudar, sem perder em nada com isso (pontos, experiência). Assim que consegue concluir, o coração fica preenchido, você recebe experiência e um mail (carta dentro do jogo) com o agradecimento do NPC, que fica perto da missão, com uma recompensa em dinheiro. 

           Nota-se que em nenhum momento você precisa conversar com o NPC para iniciar a missão (basta estar perto) e nem precisa voltar até ele para receber experiência e todo resto (deixando o jogo bem menos tedioso de ter que voltar o tempo todo). No entanto, se você quiser voltar, o NPC possui certas coisas "a venda", como receitas, armaduras e amuletos. Estas coisas você consegue comprar com pontos que se acumulam à medida que você vai fazendo missões, os chamados karma, que mais para frente também servirão para conseguir armaduras fortonas!
          Como já foi dito, há também as missões de história, que são apresentadas através de cut scenes. Nelas você faz a história do seu personagem e conhece mais sobre o mundo, além disso, se você estiver jogando em party não tem problema algum, pois seu parceiro também pode te ajudar nessas suas missões (ao contrário do que acontece em World of Warcraft).


           Para quem adora ser meio desbravador nos games pois tem curiosidade de conhecer tudo, este game também é bem legal pois os mapas são imensos e as áreas não são dadas a você, pois elas só vão sendo descobertas quando você conversa com um NPC especial (o ícone dele tem tipo uma luneta), que mostra as missões disponíveis lá perto, ou apenas indo até o local para abrir no mapa.
          Nos mapas também há diversos pontos para serem descobertos: os pontos de vista, que estão em lugares altos e meio difíceis de alcançar (várias vezes você tem que parar e pensar em como chegar em tal local). Estas vistas etem um ícone em forma de mapa, e quando chega perto ele mostra a visão a distância de todo o local. Também há os waypoints, que são portais em que você pode se teleportar para outras regiões, os points of interest, que estão em áreas mais longes e remotas e os skill point challenges, na qual, se você vencer o desafio, ganha um ponto extra para suas habilidades. À medida que você descobre os lugares, também adquire mais experiência.

Minha Mesmer e o Necromancer do Guilherme em uma vista


          Em GW 2 também possui diversas profissões (crafting): armorsmith (para fazer armaduras pesadas/heavy armor), artificer (fazer staffs e itens relacionados a magias), chef, huntsman (fazer arco e flecha, bestas..), jeweler (produzir acessórios), letherwork (fazer armadura média, de couro), tailor (costurar armaduras leves) e weaponsmith (fazer armas metálicas e escudo). Porém, ao contrário de outros jogos que você vai comprando receitas ou à medida que vai evoluindo elas vão abrindo automaticamente e ensinam que material você tem que usar, no jogo o sistema é muito semelhante ao do Minecraft, em que você tem que criar sua própria peça a partir de deduções  na mesa de criação.
            Neste MMO também houve um maior cuidado com relação a detalhes como os cabelos, a movimentação de roupa, o barulho de pegadas que muda conforme o chão muda, a tela com respingos de água quando seu personagem mergulha. Detalhes que há muito tempo estão presentes em outros jogos, mas que são esquecidos em MMOs (até porque o game fica mais pesado). A trilha-sonora é outro detalhe espetacular, feito pelo Jeremy Soule (veja mais sobre ele e suas músicas aqui), dando muito mais profundidade e deixando o jogo mais épico.

Respingos de água na tela

          A minha parte encerra por aqui. No Diário de Bordo - parte 2, o Guilherme vai falar sobre muitas outras coisas que eu deixei para atrás, especialmente as guerras! Espero que tenham gostado ;)



6 comentários:

  1. Review muito bem feito Laís, parabéns ^^
    Eu estou procurando um jogo desse tipo pra jogar com o marido (somos órfãos de Baldur's Gate, Champions of Norrath e de Kirby pro Wii xD).

    Dou muito valor isso dos games se preocuparem com a diferença de som dos passos em diferentes terrenos, cabelos e sombra de personagens, sem falar na personalização dos "hominhos", porque isso já conta um pouco pra homem, imagina pra mulher! xD

    E caramba, acho que esses são os NPC's mais legais que já ouvi falar. Não precisa ficar indo e voltando, te vendem goods, te mostram novos caminhos! Comparado com os NPC's dos primeiros rpg's, quaaanta diferença!

    Adorei o post ^^

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    Respostas
    1. Nha obrigada!!!! Deu um trabalhão então fico muito feliz com o elogio! De verdade!

      Eu e o Guilherme (somos namorados também) e estávamos órfãos de jogos para jogarmos juntos, mas finalmente conseguimos encontrar GW 2 que consegue agradar aos dois, e passamos horas e mais horas na frente do PC! XD

      Eu tbm dou valor a estes detalhes viu, acho que faz toda a diferença. Sempre fiquei decepcionada que parecia que os gráficos de MMOs sempre pareciam ser atrasados em comparação a outros tipos de jogos. Por isso fiquei muito feliz com GW tbm!

      Não voltar para entregar missão>>>>> GRANDE EVOLUÇÃO!!!!!!!!!! Finalmente pensaram nisso o/

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  2. Belissimo review, mostra vários pontos do jogo. Parabéns!!
    Outro ponto interessante do jogo é o sistema de level scalling que ajusta o nivel do personagem ao mapa, fazendo com que mesmo um high level possa se aventurar nos mapas low level com o mesmo desafio de ter o nível adequado e também, acompanhar os amigos que estão a começar. :)

    P.S: NPC's que não precisam ir e entregar a quest são os melhores, e muitos dos sets deles são muito bem elaborados.

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    1. Ahh, muito obrigada!
      Nossa, o level scalling eu realmente esqueci mas é iomportantíssimo para poder jogar com amigos, é uma das coisas que mais gosto! Obrigada por lembrar!

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